sexta-feira, 6 de maio de 2011

Equipamentos para fotografar em situações extremas

por Rodrigo Baleia

Fonte: National Geographic

Neste post sobre o Open Bag comento sobre mais uns itens que fazem parte de um kit para o trabalho em situações extremas.
Lanternas são itens indispensáveis e as de cabeça são as melhores. Ter as mãos livres é um diferencial muito grande. Levo sempre duas, uma Petzel MYO XP, que fica sempre com o GPS e na mochila guardo uma Headsup Lite da Pelican conhecida no Brasil como a Racco 2620, que é mais robusta e resistente à água, podendo ser submergida, o que não arrisco a fazer com a Petzel.
Petzel Myo possui três diferentes níveis de intensidade de luz e a Pelican 2620 com led e lâmpada de Xenon, por ser mais robusta.

Eu levo uma máscara para gases orgânicos. Na época das queimadas é comum descer do carro para fotografar a floresta queimando ou recém queimada. Nestes casos, o problema não é tanto a fumaça, pois não me aventuro em meio a ela, mas sim as cinzas que ficam em suspensão, tornando a respiração difícil.
Máscara para gases. Apesar de não proteger os olhos, essa máscara já me ajudou a enfrentar gás lacrimogêneo durante a cobertura de alguns protestos.

Na região em que moro e em outras tantas áreas do Brasil, a comunicação por radios transceptores e telefonia satelital é a mais confiável. Walkie-Talkies são o básico da comunicação via rádio. Excelentes para dirigir uma foto à distância, manter a comunicação quando é preciso dividir um grupo de pessoas e nas muitas vezes que o fotógrafo deixa um acampamento para sair só. Existem várias marcas destes rádios, mas eu optei pelo modelo Talkabout da Motorola, pois além de um ótimo preço é um modelo bem difundido e em uma situação de emergência é muito fácil criar uma rede com rádios operando na mesma freqüência. Em breve volto a comentar sobre o modelo de radio Yaesu VX-8R.
Motorola Talkabout T8525 com alcance pode chegar a 25Km. Outros modelos da Motorola podem alcançar até cerca de 60km.

Quando o trabalho é feito na companhia da família, um par de Talkabout pode ser usado como passa tempo. 

Nos anos 90 um avião monomotor fez um pouso forçado no mar na costa do Rio Grande do Sul. A bordo do avião estavam quatro pessoas, três deles grandes amigos meus. Aeronaves civis e militares iniciaram as buscas por sobreviventes poucas horas após a confirmação da queda. Cerca de dez horas se passaram até que os quatro sobreviventes foram encontrados e resgatados (já com hipotermia) pelo Esquadrão Pelicano da Força Aerea Brasileira. Dias depois, um dos meus amigos descreveu os momentos que passou no mar. Comentou sobre a angústia de ver os helicópteros e aviões sobrevoando próximo a eles, sem que fossem vistos. 

Lembro das palavras do amigo Daniel toda vez que estou em um treinamento de sobrevivência e também de outro amigo que foi dado como desaparecido ao cair de uma embarcação no Atlântico Norte.  Seja na imensidão verde da floresta amazônica ou na azul do mar é fundamental se fazer visivel em caso de resgate.

Pensando nisso, eu sempre levo comigo um kit de salvatagem com dois sinalizadores diurnos e dois noturnos.

- Granada fulmígenas de cor laranja, com de duração de 3 minutos;
- Granada fulmígenas de cor laranja, com de duração de 60 segundos;
- Facho manual de luz vermelha de 15.000 candelas;
- Conjunto de Sinais com 9 Estrelas IKS-109, que dispara um sinal luminoso a 80 metros de altura  de 15.000 candelas.

Sinalizadores diurnos ou noturnos: é preciso saber usá-los. Vários fatores ambientais e climáticos devem ser levados em consideração antes de acioná-los.

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